A cólica é um dos sintomas mais comuns da TPM (tensão pré menstrual). Entretanto, ela deve ser suportável e permitir uma rotina diária. Porém, quando surge forte demais é possível que a mulher esteja com endometriose, uma das doenças do sistema reprodutor feminino mais comuns. Saiba mais a seguir.
Entenda o que é endometriose
O útero possui o formato de uma pera e é revestido por uma mucosa conhecida como endométrio. Esta mucosa recebe o útero quando há a gravidez para o desenvolvimento do feto. Mas quando a gravidez não acontece é eliminada a cada 21 dias na menstruação.
Contudo, esse descarte deve ir para a vagina diretamente, mas nem sempre isso acontece. A mucosa é descartada sempre, mas ela pode se deslocar em sentido contrário. Nos casos negativos ela vai para a cavidade abdominal ou para os ovários. É aí que surge a endometriose.
A endometriose é o acúmulo do endométrio em locais inapropriados do corpo e a dor surge exatamente por este acúmulo estar em locais inadequados.
Quando se deve ir ao médico?
O principal sintoma da endometriose é a cólica. No entanto, ela é diferente das cólicas normais, pois é mais forte, fazendo com que muitas mulheres não consigam seguir com a sua rotina diária. Muitas, inclusive, não conseguem trabalhar e necessitam de uma medicação.
A indicação dos médicos é marcar uma consulta, caso haja uma cólica forte e intensa. E se houver uma mudança no comportamento da menstruação, é ainda mais urgente marcar a consulta, porque alguma coisa não está normal.
Outros sintomas cabíveis de uma consulta ao médico são:
- Dores durante relações sexuais;
- Alterações urinárias – dores ao urinar, ardência ou dificuldades;
- Alterações intestinais – diarreia, prisão de ventre ou dores abdominais;
- Dificuldades de engravidar.
Os exames de rotina ajudam a prevenir a endometriose
A indicação dos médicos é uma consulta anual com um ginecologista, para mulheres de todas as idades. Isso deve iniciar após o início da vida sexual, ou seja, quando a mulher se tornar sexualmente ativa. E mesmo estando em abstinência é preciso procurar um médico.
As consultas de rotina ao ginecologista incluem vários exames. O papanicolau, por exemplo, é um deles. Na endovaginal, também é possível ver traços de uma endometriose, caso ela exista.
No entanto, há exames específicos, que o médico pode solicitar. Como a ressonância magnética, por exemplo, capaz de perceber rápido a presença da endometriose, tendo em vista a ótima qualidade da imagem.
Já a videolaparoscopia pode ser indicada para quem apresenta um grupo de sintomas, cuja causa não fora encontrada. .
Mulheres do grupo de risco devem se consultar sempre
Estudos indicam a presença de alguns fatores de riscos, responsáveis por aumentar as chances do surgimento da endometriose. São eles:
- Mães com endometriose;
- Imunidade baixa;
- Estresse.
Os períodos de maior ansiedade, são responsáveis por um aumento significativo da endometriose em mulheres entre 30 e 40 anos.
Tratamento para a endometriose
Após o diagnóstico por um profissional da área de saúde, é preciso iniciar o tratamento. Há dois tipos de tratamento: clínico ou cirúrgico.
O tratamento clínico envolve medicamentos e acompanhamento médico. Infelizmente nem todas as mulheres respondem positivamente a ele.
Já o tratamento cirúrgico, depende do grau de endometriose da paciente. A ‘exploração’ cirúrgica consiste em remover os focos da mucosa, alojados em diferentes partes do corpo, para acabar com as inflamações.