Doenças hereditárias são comuns. Inclusive, um bom exemplo foi o caso da atriz norte-americana Angelina Jolie, que retirou os seios ao pesquisar sobre as probabilidades de ter câncer de mama, assim como sua mãe. Pois uma predisposição aumentada a ter uma doença específica também é chamada de suscetibilidade genética, geralmente herdada de um dos nossos pais.
As variações genéticas são baseadas em probabilidades, pequenas ou grandes, conforme o caso. Por exemplo, certas mutações nos genes BRCA1 ou BRCA2 aumentam o risco de uma pessoa desenvolver câncer de mama e de ovário, caso da atriz norte-americana.
Variações em outros genes, como BARD1 e BRIP1, também aumentam o risco de surgimento do tumor nos seios, mas, neste caso, os riscos são bem menores.
Embora a composição genética de uma pessoa não possa ser alterada, infelizmente, algumas modificações ambientais e de estilo de vida (como exames de doenças mais frequentes e manutenção de um peso saudável) podem sim reduzir o risco de doenças hereditárias em pessoas com predisposição genética.
Além do câncer de mama, diabetes tipo 2, câncer de próstata e doenças cardíacas são conhecidas por terem um forte componente, além de Doença de Huntington, Mal de Alzheimer, Síndrome de Down, Síndrome de Lynch e Fibrose Cística.
Como saber se há predisposição às doenças hereditárias?
Para saber sobre predisposição à doenças hereditárias, existe no mercado os testes de DNA, em geral, feitos a partir de amostras de sangue. Eles podem estipular as probabilidades de aparecimento de mais de 2,2 mil doenças genéticas hereditárias.
O recurso está disponível para pacientes em laboratórios e clínicas. Porém, entidades de pesquisa alertam que os resultados não dão 100% de certeza, podendo apontar positivos, não informativos, negativos e variações com significados incertos. Médicos reforçam que a requisição errônea de testes e interpretação equivocada de resultados podem trazer ainda mais problemas.
Como evitar as doenças hereditárias?
Seu DNA não precisa determinar seu futuro se você considerar tomar algumas medidas para ajudar a diminuir suas chances de desenvolver determinadas doenças. Isto porque os genes interagem com o seu ambiente.
Logo, existem coisas, ações e iniciativas que podem ser feitas para amenizar os riscos, pois os testes atuam no diagnóstico, e não na prevenção.
Dieta baseada em vegetais
Pesquisadores analisaram mais de 450 mil adultos e descobriram que aqueles que seguiram uma dieta que era 70% baseada em vegetais tinham um risco 20% menor de morrer de doenças cardíacas ou derrame do que aqueles cujas dietas eram centradas em carne e laticínios.
Exercite-se
A American Heart Association recomenda 150 minutos de atividade aeróbica de intensidade moderada (como caminhada rápida) a cada semana, ou 75 minutos de atividade aeróbica de intensidade vigorosa como corrida para evitar doenças hereditárias.
Bons números
Para a melhor proteção da saúde contra doenças hereditárias cardíacas e derrame cerebral, seu LDL (colesterol “ruim”) deve ser inferior a 100, seu IMC deve ser inferior a 25, sua pressão arterial deve ser 120/80 ou inferior e sua circunferência abdominal deve ser inferior a 35 polegadas se você for uma mulher e menos de 40 polegadas se você for um homem.
E mais: perca um pouco de peso, limite seu tempo sentado, atualize todos os seus testes de saúde cardíaca e de diabetes tipo 2, e consulte seu médico mantendo sempre a sua medicação.