A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) fornece orientações específicas para as pessoas no momento da realização de uma consulta médica, diagnóstico ou tratamento de saúde. Na realidade são sugestões de perguntas importantes a serem feitas e que podem resultar em uma boa relação médico e paciente.
A comunicação entre ambos é fundamental e é preciso levar em consideração o momento exato de fazer os questionamentos, a melhor forma de se expressar e também o contexto.
O que o médico deve fazer na consulta médica?
Antes de entrar no consultório do médico leve em mãos, ou se possível, anote em uma folha de papel, detalhes dos sintomas. Relate sobre todos os medicamentos que estão sendo usados e exames anteriores.
Durante a consulta, e bem antes de seguir em frente com o tratamento, antes de mais nada, é necessário obter respostas sobre a necessidade do exame, benefícios, contraindicações e os efeitos colaterais, opções mais simples e seguras e custos envolvidos.
Frente a frente com o seu médico, relate em detalhes o que você está sentindo e o que vem fazendo para resolver o problema. Escute com bastante atenção as orientações do profissional de saúde e responda corretamente o que é perguntado, sem medo ou vergonha de entender absolutamente tudo.
Se ele prescrever exames, é do seu direito como cliente e paciente indagar sobre benefícios, contraindicações, possíveis e futuras complicações, a obrigatoriedade, e, principalmente, a data do resultado.
Depois do diagnóstico fique por dentro da exata duração do tratamento, riscos, resultados, opções e alimentação adequada. Certifique-se da necessidade ou não do retorno e a existência de grupos de apoio ou associação de pacientes relacionados ao problema de saúde. Todas estas dicas são importantes para um resultado efetivo.
Anamnese médica
Todo o processo acima é chamado de anamnese médica ou entrevista clínica e não existe uma duração pré-determinada para essa etapa. Porém, ela precisa ser muito bem apurada.
Além da troca de informações, o médico precisa checar alguns sinais vitais do paciente e aferir a pressão arterial, a frequência do pulso para detectar irregularidades cardíacas, pesagem corporal em casos de pessoas com sobrepeso e testes de reflexo em suspeita de doença neurológica.
Na consulta médica, o profissional precisa ver, sentir e escutar o paciente para ter um diagnóstico correto e prescrever um tratamento mais efetivo. É preciso olhar atentamente o paciente, e como isto vai ser feito dependerá da especialidade do profissional consultado.
Muitos sintomas de doenças são visíveis, com partes do corpo apresentando deformidades, inchaços, vermelhidão, irritação na pele, etc.
Retorno
Se refere à consulta anterior e não se enquadra em atendimento em relação a uma nova doença, anamnese, exames. Se o tratamento é contínuo, exigindo reavaliações periódicas e modificações terapêuticas, deverá ocorrer o pagamento de novos honorários.
O médico sempre será o responsável por identificar as hipóteses de retorno ou de nova consulta. Paciente, clínica ou hospital não podem interferir na autonomia. Mas em 2018, a Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados aprovou uma proposta que proíbe a cobrança de consulta médica no caso de retorno do paciente para apresentar exames num determinado período de tempo, de até 30 dias.